segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Segundo ano Médio

Lição sobre a água - Antônio Gedeão


Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.

Assuntos relacionados: figuração e temática; denotação e conotação.

Segundo Poliedro. Links para os vídeos.


Então, conforme combinamos, seguem os links para os vídeos.

Linguagem não verbal
http://www.youtube.com/watch?v=Et2zElioTxE

http://www.youtube.com/watch?v=EScEDCfNSI0

A linguagem permite variação de acordo com o contexto. É o espaço e o perfil do receptor que determinam a forma da fala. Seguem os links de duas discussões:

http://www.youtube.com/watch?v=HooyxC4w2OI

http://www.youtube.com/watch?v=7_2Mk3UvR-E

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

SEGUNDO ANO MÉDIO - ANÁLISES DO ALBUM BORN TO DIE - DE LANA DEL REY

Baixe o texto AQUI

Os dois textos abaixo são críticas ao  album Born To Die, da jovem cantora americana Lana Del Rey

Observe como cada um dos autores formula um posicionamento sobre o disco.

Texto 1 por: Cleber Facchi
Há tempos a indústria da música não fabricava um ícone de maneira tão descarada e, consequentemente, falha quanto Lan Del Rey. Do rostinho sem expressão aos vocais protegidos por doses imoderadas de Auto-Tune, tudo no trabalho da norte-americana ecoa de maneira falaciosa e vergonhosamente irreal. Até o nome da cantora – um misto de atriz Lana Turner e do clássico Ford sedan Del Rey – não é verdadeiro. Entretanto, talvez por enquanto fosse difícil perceber a estrutura estabelecida ao redor de Lana, que através dos singles Video Games e Blue Jeans cresceu ampla e misteriosamente ao longo de todo o ano de 2011, apenas nos preparando para a chegada do aguardado Born To Die, “primeiro” trabalho da jovem e disco em que finalmente somos apresentados de maneira nada discreta à farsa dela – e de quem mais estiver em seu entorno.

Não há qualquer problema na maneira como a artista é matematicamente construída, afinal, ao longo de décadas de produção musical não são poucos os artistas de sucesso que cresceram por conta disso. Os próprios Beatles tiveram os primeiros discos intensamente controlados pela gravadora, isso sem mencionar no cardápio de vozes femininas – indo de Madonna à Britney Spears – que quase diariamente se revelam protegidas por incontáveis recursos, sejam eles musicais ou financeiros. Lana, porém, parece estar exageradamente acima disso. Um rostinho bonito pré-fabricado que vem contando com o apoio ativo de sua gravadora, ou você vai dizer que em 2010 parou para ouvir o primeiro álbum da cantora, um registro tão banal que foi sumariamente descartado.

O problema de Del Rey, entretanto, está além das artificialidades que a cercam, mas sim no vasto número de caminhos que a artista tenta percorrer ao longo do disco. Nem Lana, nem os executivos que a cercam parecem saber para onde a cantora vai. Ao longo do registro é possível observar uma boneca fragmentada em diversas personagens, ora soando uma cópia intragável de Beyoncé (Born To Die e Diet Mtn Dew), ora parecendo uma Robyn menos criativa (Off to the Races) ou ainda sugando o pop orquestral de Florence Welch (Summertime Sadness). Nada no interior do disco pertence a ela, tudo é arquitetado de maneira que apenas a voz (robótica) de Lana é acrescentada no desenrolar da faixa, tornando o álbum um projeto desnorteado.
A forma arrastada e pouco inventiva do disco vai lentamente tornando o álbum um registro sonolento e cansativo, sendo que passados os vislumbres mais “enérgicos” do disco (ao final da faixa National Anthem), o trabalho parece simplesmente morrer, revelando uma sessão de músicas comprometedoramente próximas e irrelevantes. Talvez até exista uma Lana Del Rey ao fundo deste álbum, entretanto, os artifícios que a envolvem são tantos que é simplesmente impossível perceber qualquer fundo de realidade. Del Rey não apenas nasceu, como está pronta para morrer desde já.

Nota: 5.0   
Ouça: Video Games
 
Texto 2 por: Gabriel Picanço
Bastou o video do primeiro single, Video Games, ser postado no youtube e ganhar espaço em praticamente todos os blogs para Lana del Ray conquistar milhares de lovers e haters em tempo recorde. Assim surgiu mais uma diva da música pop dos anos 2010, na internet. Além da qualidade e originalidade da música, o video com a garotinha linda que canta fazendo biquinho chama a atenção por misturar elementos que aparentemente não combinam: Cinema clássico, Elvis Presley, country music, skate, beatnik, grunge, hip hop e maconha. Mais milhares de referências nas letras e nos videos que vieram a seguir.

Também surgiram diversos assuntos que iam além da sua produção: há quem diga que Lana não é “de verdade”, e sim uma invenção de produtores musicais gordos e feios bancada pelo pai milionário. Ainda não ficou claro se a teoria conspiratória é verdade ou se tal polêmica é somente mais um exemplo da dificuldade em atribuir talento a uma pessoa bonita. De qualquer maneira, a sua estréia (que não é bem estréia, já que um álbum foi lançado em 2010 quando ela ainda usava o nome de batismo, Lizzy Grant) virou unanimidade como o disco mais aguardado de 2012.

Born to Die com certeza vai potencializar o fenômeno Lana Del Ray com faixas que carregam muita personalidade e elementos que já viraram marcas da artista, como as batidas de hip-hop combinadas com arranjos de cordas e samples vocais ao fundo. Apesar da repetição desses ingredientes e das temáticas das letras, o disco é correto do inicio ao fim, sem entediar. Born to die prova que Lana tem facilidade para fazer música, tanto que, literalmente, sobram faixa boas. Without You e principalmente a ótima Lokita “ficaram de fora” da tracklist oficial, sendo lançadas somente como bônus.

A voz arrastada, extremamente sexy e agradável, principalmente nas faixas mais lentas e enfumaçadas como Video Games, Carmem e na balada jazzística Million Dollar Man é a principal qualidade não-visual da moça e compensa as letras fracas que escreve. Dark Paradise e Diet Mtn Dew, mais radiofônicas e prováveis hits, são músicas que se diferenciam de canções de artistas como Britney Spears somente pelo tipo de produção. Mas, como já é possível atestar pela grande quantidade de remixes das músicas já lançadas, as faixas de Born To Die não se esgotam nela mesmas, são moldadas com facilidade e certamente vão tocar em todos os tipos de pista em 2012.
Nota: 8.0   
Ouça: Blue Jeans

Após ler os textos, que tal formular sua própria opinião sobre a artista?


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O YouTube matou o passado - ALVARO PEREIRA JUNIOR

Para baixar, clica AQUI


São evidentes os pontos positivos de tanta informação. Mas talvez haja um lado perverso
Jovens de 14, 15 anos têm Renato Russo como ídolo. O líder da Legião Urbana morreu em 1996, mas os fãs de hoje talvez nem saibam, ou não se importem.
Porque Russo está vivo na internet, mais precisamente nos 27,8 mil vídeos que são obtidos ao se digitar "Renato Russo" ou "Legião Urbana" no campo de buscas do YouTube.
Estão lá as coreografias espasmódicas, como as de Ian Curtis (do Joy Division). O visual florido igual ao de Morrissey (dos Smiths). O mico no especial de Natal do Chacrinha, com a banda toda de chapeuzinho de Papai Noel. As letras sem fim, simplórias, mas sinceras. Renato Russo, vivo em voz e rosto. E essa perenidade on-line não é exclusividade dele. É geral.
O YouTube matou o passado. Além de exterminar mistérios e mitos.
Os Beatles fizeram um show em cima de um prédio, em 1969. Loucura! Soava como lenda para a meninada do meu tempo. Esse tipo de sentimento acabou. As lendas juvenis se tornaram realidade palpável. Basta procurar na web por "Beatles rooftop concert". Show na íntegra, em alta definição.
Os Sex Pistols falando palavrões na TV inglesa, em 1976, num dos momentos mais marcantes da história do rock? A cena está na web. David Byrne em 1983, tenso, mordendo os lábios, incapaz de se comunicar com o apresentador David Letterman? Está on-line também. No século passado, um amigo dizia: "Das minhas dez bandas favoritas, nove eu nunca escutei". Explicando: só conhecíamos aqueles grupos no papel, em revistas e em jornais importados.
Fotos espetaculares, nomes impossivelmente sonoros: Alien Sex Fiend, Sex Gang Children, June Brides, Inca Babies. Que som faziam? Não tínhamos ideia, exceto uma vaga noção de que deveria ser "dark" (o que atualmente é chamado de gótico). Hoje, essa paixão misteriosa seria impensável. Haveria dezenas de clipes na rede. E os exemplos não ficam só na música. Na ciência, poucos encontros foram mais importantes do que a conferência Solvay, de 1927. Meses antes, rejeitando a física probabilística, Albert Einstein sentenciara: "Deus não joga dados".
Junto a ele, no congresso, debatiam intensamente Niels Bohr, Werner Heisenberg, Paul Dirac, Erwin Schrödinger, Wolfgang Pauli, Max Born e outros físicos estelares.
Um encontro monumental. Difícil acreditar que tivesse mesmo acontecido. Mas veja e creia: no YouTube, é "Solvay Physics Conference 1927". O vídeo foi visto quase 115 mil vezes. Antes disso, deve ter mofado por anos, esquecido em algum arquivo de universidade. Era passado. Virou presente.
Na política, acontece algo semelhante. Em 1960, Richard Nixon foi massacrado por John Kennedy em um debate presidencial. O velho escroque republicano, inseguro, suarento e mal vestido, viu desaparecerem suas últimas chances de vitória diante do democrata bonitão e bem ensaiado.
Cresci lendo sobre esse debate, que Paulo Francis citava com frequência aqui mesmo na Folha. Passei anos imaginando como teria sido. Hoje, não seria necessário. O programa está na íntegra no YouTube ("Kennedy-Nixon debate").
São evidentes os pontos positivos de tanta informação disponível. O rigor da comprovação factual. A fartura de fontes primárias. A falta de necessidade de intermediários ou epígonos: os originais estão todos à mão. Mas talvez haja um lado perverso desse "continuum". Onde não há passado, não há ruptura. Se tudo está vivo, nada pode ser superado.
Um exemplo cristalino vem, de novo, da música. Na segunda metade dos anos 70, o punk inglês queria (e conseguiu) enterrar os dinossauros do rock grandioso e autoindulgente. Foi uma revolução, uma quebra de paradigma. A instalação de uma nova ordem (infelizmente, apenas musical).
Hoje, no entanto, é difícil pensar em um fenômeno do tipo. Nada vai embora de verdade. O leitor de estômago mais forte pode procurar no YouTube por "Emerson Lake Palmer Gnome" e rapidamente verá o trio progressivo assassinar a suíte para piano "Quadros de uma Exposição", do compositor clássico Modest Mussorgsky.
No YouTube, Emerson, Lake and Palmer estão tão vivos quanto os Sex Pistols. O que talvez explique a situação da música atual, onde tudo é válido, manso, todos se amam e não se enxerga conflito geracional. Tema para uma próxima coluna.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Gabaritos Simulado Uncisal Redação em Foco

Abertas:
Gabarito Simulado Uncisal. Abertas: Questão 1:
a) Trata-se da representação de dicionário contida na expressão “pai dos burros”. É evidente que se tra ta de uma representação inadequada, pois di cionários auxiliam quem deseja ou precisa conhecer o sentido das palavras, não quem carece de inteligência, ou seja, quem é “burro”.
b) O humor nasce da ambiguidade de “pra burro”, que pode ser adjunto adverbial de intensidade (bom pra burro: “muito bom”) ou complemento nominal de bom, remetendo, ntão à expressão “pai dos burros” (bom pra burro: “bom para quem precisa de dicionário”).
Questão 2:
Para Mafalda, estrangeiro é todo país que não seja o dela. Para Manolito, estrangeiro é todo país que não seja a pátria, ou seja, aquele em que a pessoa nasceu. O equívoco de Mafalda resulta em ela não entender que o seu país é estrangeiro para quem tenha nascido fora dele.
Fechadas:
3 B
4 A
5 C
6 B
7 D
8 A
9 D
10 C
11 D
12 E

sábado, 22 de outubro de 2011

TEMA 12: uma celebridade pode mudar o mundo?


 Ronaldo se encontra com Shimon Peres e aceita convite para visitar Israel São Paulo, 12 novembro.- O atacante brasileiro Ronaldo se encontrou hoje com o presidente de Israel, Shimon Peres, em São Paulo, e aceitou um convite para visitar o país. "Vamos organizar esta visita em breve", disse o atacante do Corinthians a Peres na presença de jornalistas que acompanham a visita do político israelense ao Brasil, iniciada na última terça. Na quarta-feira Peres teve uma reunião com o presidente Lula, em Brasília, enquanto a agenda na capital paulista foi dedicada a atos com empresários e com representantes da comunidade judaica. O presidente israelense chamou Ronaldo de "estrela", destacou seu papel de promotor da paz como Embaixador da Boa Vontade da ONU e lembrou seu primeiro encontro com ele, em 2002.  "Você representa a paz. Em sua visita a Israel, me lembro da forma como as crianças te olhavam. Tinham brilho nos olhos", disse Peres a Ronaldo. Por sua vez, o atacante lembrou que nessa mesma visita teve a oportunidade de estar "nos dois lados" do conflito político do Oriente Médio. No encontro de hoje, Ronaldo deu a Peres uma camisa do Corinthians e ganhou uma da seleção israelense. O presidente de Israel estará amanhã e sábado no Rio de Janeiro. Uma de suas paradas pela cidade será para conhecer o Maracanã.

TEMA: UMA CELEBRIDADE PODE MUDAR O MUNDO?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

8 erros comuns

O que você deve evitar na redação: 
   Por  ser  um   conjunto  de  opiniões  pessoais  logicamente concatenadas,  a  redação  deve  ser  precisa,  rigorosa.  Para  despertar  interesse, deve ser sugestiva e original. A vulgaridade é o nível em que a mensagem é só redundância. Vejamos os casos mais freqüentes de  vulgaridades, em que a redundância desnecessária é  prejudicial à informação: 
 
1.Adjetivação excessiva    
 A incômoda e nociva poluição ambiental pode tornar o já problemático e atrasado Brasil uma terra inabitável. 
 
2. Queísmo    
 O fato de que o homem que seja  inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo.  
 
3. Intromissão     
 Cultura, na minha opinião, é ...   
 
4. Projeção da linguagem oral    
 Hoje  em  dia  a  gente  não  vive,  a  gente  vegeta;  dizem  que  antigamente  a  coisa  era  melhor  porque  havia  mais  tempo  para  as
diversões, para as conversas, para a família, e assim sucessivamente.   
 
5. “Atualidade” redundante   
   O sistema blue-ray , hoje, pouco acessível à maioria dos consumidores que, atualmente, continuam preferindo os DVDs tradicionais.
Porém, na atualidade, tem havido um crescente interesse pela aquisição dessa recente inovação tecnológica.    
 
6. Abstração grosseira   
 Porque aí nós paramos e pensamos: para onde vai a sociedade com tanta violência?   
 
7. Predominância do gerúndio (endorréia)    
 Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro...   
 
8. Palavras de introdução embromatória  
 A  vida,  única  e  exclusivamente,  é  tão  complexa  que,  apesar  de  tudo,  não  obstante  o  que  possam  dizer,  torna-se  altamente
problemática. 

baixe os 8 erros mais comuns aqui: http://migre.me/5XXp8